EXPOSIÇÃO CLÉCIO PENEDO: ÉS TUPI DO BRASIL NO MNBA
por Ayrton Ferreira da Costa Junior
No final da década de 1970, Clécio Penedo dava início à produção e tornava públicos, pela primeira vez, os trabalhos que ficariam conhecidos como "És Tupi do Brasil". Trata-se de um grupo de séries cronologicamente centrais no conjunto da obra do artista e que se caracteriza essencialmente pela presença da figura do índio.
A exposição “Clécio Penedo: És Tupi do Brasil”, em cartaz no Museu Nacional de Belas Artes, coloca em destaque especificamente obras das seguintes séries: "Campanha Publicitária", "Cartilhada", "Orra", "VW na Amazônia", "Time", "Jary", "One Dollor" e "Comei-vos uns aos outros", reunidas em duas salas expositivas que, juntas, constituem um dos dois núcleos da exposição.
O outro núcleo é formado por obras da primeira fase do artista, com imagens correspondentes à sua formação no Centro de Pesquisa de Arte e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; imagens de suas primeiras séries − "Gerótico" e "Anotações na Janela"; um corpo de imagens de séries produzidas paralelamente a "És Tupi do Brasil" − "Pé 40, Sapato 38", "Marcas de um Março Marcial", estudos do painel "Colonização e Dependência" e do painel "Zumbi", "Os anos 60", "Re-tratos", "In-confidências" e "Baralho"; e, enfim, um conjunto de imagens de séries da sua última fase − “Ad-miro Miró, "ícones e Gestos", "Chibata", "Inominados" e "Corpo sem Cabeça".
Dessa forma, oportuniza-se ao público não apenas ver e/ou rever as séries sob a égide "És Tupi do Brasil" (muito embora, o corpus esteja em destaque e seja apresentado de forma inédita em seu conjunto no Brasil, no caso), mas também perceber um panorama de toda a trajetória do artista.



